Após a tensa eleição
pela Mesa Diretora da Câmara Municipal ocorrida no último domingo, dia 1º de
janeiro, algumas pessoas ainda anda em dúvida quanto a validade do resultado
que deu ao vereador Careca (PP), o direito de Presidir pelos próximos dois
anos a Casa de Nilo Moraes, sede do Poder Legislativo Municipal.
Ao que parece, esta
novela terá novos capítulos. Na manhã desta quinta-feira (05), chegou a informação de que vereadores da oposição
impetraram na Justiça um Mandato de Segurança solicitando a suspensão do
resultado e sugerindo a convocação de outra eleição.
Entenda o caso:
No dia 1º de Janeiro em um clima tenso e
de grande expectativa, todas as atenções se voltaram para saber qual vereador
levaria o posto mais cobiçado do legislativo municipal. Ao iniciar o processo
de eleição, o vereador Careca chamou a atenção dos vereadores informando que
seguindo o Regimento Interno da Câmara, o voto seria secreto. O vereador também
fez questão de avisar que seria disponibilizada a cada um dos vereadores a
caneta que serviria para a marcação da cédula de votação.
A partir daí, o
ambiente na Câmara Municipal já não foi o mesmo. O clima de confraternização
deu lugar ao acirramento político e ânimos exaltados. Inconformado com a
decisão de ser disponibilizada a caneta para o qual cada vereador sinalizaria a
sua preferência na cédula de votação, o vereador Henrique Produções foi
taxativo ao afirmar que marcaria o seu voto com uma caneta de sua preferência e
sugeriu a outros vereadores que fizessem o mesmo.
Após todos os 13
vereadores votarem, foi dado continuidade ao processo, desta vez, com a
apuração dos votos. Entre os candidatos à Presidência, de um lado o vereador
Careca e do outro o vereador irmão Linho.
Ao abrir as cinco
primeira cédulas, o vereador Careca recebeu 3 votos contra 2 de irmão Linho.
Ao pegar a 6º cédula, foi constatado que a mesma estava marcada com
caneta diferente da que foi oferecida, o que gerou questionamentos por parte do
vereador Henrique Produções, que com o ânimo exaltado discordou da decisão do
presidente de tornar nulo todo o voto ali expressado com outro caneta. O bate-boca foi
inevitável entre os vereadores. Populares aproveitaram a ocasião para se
posicionarem, uns a favor da decisão de Careca, outros em prol de Henrique.
Em meio a toda a
polêmica, Henrique decidiu pegar as cédulas que ainda estavam na urna e as
entregou a um popular. Com a temperatura alcançando níveis preocupantes, Careca
decide por pedir reforço policial. Daí por diante, ficou impossível a
contabilidade dos demais votos. Após muita discussão, Henrique, junto com
alguns vereadores, decidiu abandonar o Plenário.
No final, com a
impossibilidade de contabilizar os demais votos, Careca decide, em conjunto com
um grupo de vereadores, anunciar como chapa vitoriosa a que até a apuração
havia recebido a maior quantidade de votos.
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