Uma farmacêutica que
foi excluída das cotas em um concurso público para a Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares (EBSERH), teve seu pedido de liminar negado pelo Tribunal
Regional Federal da 4ª Região.
Segundo a ação, a
candidata concorreu a uma vaga no sistema de cotas para negros ou pardos, mas
foi eliminada pela comissão avaliadora porque não teria essas características
físicas. Na primeira instância, a liminar da candidata foi negada. Ela, então,
entrou com agravo de instrumento no TRF. Na decisão, o relator do processo,
desembargador Ricardo Teixeira do Valle Pereira, disse que "sendo o edital
do concurso claro ao adotar o fenótipo (aparência), e não o genótipo
(composição genética, independentemente da aparência), para a análise do grupo
racial, não resta demonstrada arbitrariedade na decisão da comissão".
De acordo com esse
entendimento, a comissão avaliadora de um concurso público pode eliminar do
sistema de cotas um candidato que não apresenta o fenótipo de um negro ou
pardo, mesmo que ele se declare assim na inscrição. Esse critério, porém, deve
estar determinado no edital.
A decisão é baseada
no STF
De acordo com o TRF,
os juízes das duas instâncias tomaram suas decisões baseados num entendimento
do Supremo Tribunal Federal de outubro do ano passado, que considerou
constitucional a política de cotas da Universidade de Brasília.
Segundo os ministros
do STF, a avaliação da banca deve ser realizada por fenótipo e não por
ascendência. Para eles, o preconceito e a discriminação existentes na sociedade
não têm origem em diferenças de genótipo humano, mas sim em elementos
fenotípicos (de aparência) de indivíduos e grupos sociais. A corte decidiu que
a verificação deve ser feita após o candidato ter entregue a sua declaração,
para que não haja a classificação racial por terceiros.
Cotas em concursos é
sempre um tema polêmico. E aí? Qual a sua opinião?

O que importa é a competência do candidato, se faz a inscrição é passa, não importa a cor da pele, não tem pra quê cota,até porque o nosso País não deveria existir isso!
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