Exigência provoca
falta de mesas e cadeiras, além de dificuldades para estacionar. Casa ainda não
regulamentou uso do aparelho
Servidores da Câmara
dos Deputados enfrentaram problemas no primeiro dia de funcionamento do sistema
de ponto da Casa. A partir de agora, os servidores efetivos terão de registrar,
por meio do ponto biométrico, oito horas diárias de serviço, com uma pausa para
o almoço.
O novo sistema resultou em uma cena atípica, com corredores cheios já
na segunda-feira. A mudança também provocou dificuldades na hora de estacionar
os carros e até falta de mesas e cadeiras em alguns setores. Servidores também
reclamaram da ausência de clareza na nova regra, já que a Mesa Diretora ainda
não publicou o ato que regulamentará a novidade. Segundo o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o documento deve ser aprovado nesta quarta.
“O que acontece é que as pessoas geralmente faziam escala. Quem chegava mais cedo, saía mais cedo. Com todo mundo chegando ao mesmo tempo, faltou computadores e mesas em algumas salas”, contou um servidor, sob condição de anonimato. O mesmo funcionário também disse que houve dificuldades nos estacionamentos e com os restaurantes da Casa, considerados insuficientes. A regra não se aplica aos servidores comissionados, que são nomeados pelos parlamentares.
Entre os efetivos,
era visível o clima de descontentamento ao longo do dia de ontem. Um deles, no
corredor das comissões, chegou a apelidar o presidente da Câmara de Eduardo
“Mussolini” Cunha, numa alusão ao ditador italiano de mesmo nome (1880-1945).
“Você não sabe como o pessoal tá gostando”, ironizou o servidor. “Aumentou a
qualidade de vida, a produtividade dos servidores…”, disse, em tom irônico. “O
clima é de horror. Estamos à mercê de Eduardo ‘Mussolini’ Cunha”, reclamou
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