Agência Senado
A pauta
desta semana no plenário do Senado terá como principal tema a reforma política.
Os senadores devem discutir três propostas de emenda à Constituição que tratam
da proibição de coligações partidárias nas eleições para deputados federais e
estaduais e vereadores; da desincompatibilização do presidente, governador e
prefeito que queiram se reeleger; e de novos critérios para criação de partidos
políticos.
As
PECs devem passar por votação em dois turnos, com cinco sessões de discussão no
primeiro e três sessões no segundo. Para a aprovação, são necessários os votos
de pelo menos três quintos dos senadores, ou seja, 49 senadores.
A
primeira proposta da pauta é a PEC 40/2011, do ex-senador José Sarney,
que restringe as coligações partidárias. A matéria foi discutida na legislatura
passada e aguarda votação em primeiro turno. Pelo texto, as coligações valerão
somente para eleições majoritárias (presidente, governador, senador e
prefeito), sendo vedada a associação de partidos para as disputas de deputados
federais e estaduais e vereadores.
A
justificativa, segundo os defensores da PEC, é que, nas eleições proporcionais,
em que o número de votos do partido conta mais que o do candidato, as
coligações muitas vezes são feitas apenas por conveniência. O objetivo,
geralmente é aumentar o tempo de propaganda no rádio e na TV e para permitir
que partidos menores atinjam o quociente eleitoral, número de votos necessários
para eleger um parlamentar.
Outra
proposta na pauta é a PEC 73/2011, que pode
tornar obrigatória a renúncia dos chefes do Poder Executivo (presidente,
governadores e prefeitos) candidatos à reeleição. O texto original da PEC, do
ex-senador Wilson Santiago (PMDB-PB), referia-se à obrigação de “afastamento do
cargo”, mas o relator, senador Luiz Henrique (PMDB-SC) entendeu que a redação
poderia dar margem a interpretações de que o afastamento não seria definitivo.
A PEC ainda tem que passar por três sessões de discussão antes de ser votada em
primeiro turno.
Outro
texto que ainda será discutido em três sessões é a PEC 58/2013, que
estabelece novos critérios para a criação de partidos políticos. O texto eleva
de 0,5% para 3,5% o percentual do eleitorado exigido para o registro dos novos
partidos.
Outros itens
Fora
do tema reforma política, está pronta para votação a PEC 32/2010, que garante
ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) o status de "tribunal
superior". A PEC deixa expressa na Constituição a competência do TST para
impor aos órgãos judiciários a ele subordinados a autoridade de suas decisões.
Além disso, estende os requisitos de notável saber jurídico e reputação ilibada
– hoje exigidos dos indicados a ministro do STJ - entre as condições de
nomeação para o cargo de ministro do TST.
Também
podem ser votados o PLC 68/2013, que, institui o Programa de
Combate à Intimidação Sistemática (bullying); o PLS 201/2013, que cria novo limite ao ICMS
das pequenas empresas; e o PLS 279/2012, que reduz
para 60 anos a idade mínima para o recebimento to Benefício de Prestação
Continuada (BPC). Atualmente, o benefício, no valor de um salário mínimo
mensal é pago para idosos acima dos 65 anos.
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