A adolescente Dharma de Andrade Vilas Boas Barbosa, de 14 anos, desaparecida
há mais de um mês, foi morta com dois tiros e depois disso, estuprada e
enterrada. Tudo porque não queria manter relações sexuais com um traficante.
Esta é a versão apresentada por uma testemunha do caso, segundo a família da
jovem.
O corpo da garota foi encontrado na tarde desta quarta (29), em um
mangue da comunidade Ponte Preta, no Complexo de Salgadinho, em Olinda, onde
morava. Ainda não se sabe se exames do Instituto de Medicina Legal (IML)
poderão confirmar se ela estava grávida de dois meses, como afirmam as amigas.
De acordo com
o delegado Breno Varejão, que apura o caso, um dos quatro envolvidos indicou o
local onde o corpo estava, uma área de difícil acesso no mangue. O policial
explica que o namorado dela foi recolhido por tráfico e porte de arma e outro
(agora também detido por tráfico) tentou se aproximar. “Segundo nos disseram,
ele que teria atirado nela, porque teria interesse sexual e diante da recusa
motivou-se a cometer o crime. Os outros deram apoio, arrastaram e enterraram o
corpo”, esclarece.
O delegado
salienta que, diante do avançado estado de putrefação do corpo, os exames podem
não ser conclusivos sobre o estupro e a gravidez. “As investigações seguem e
tudo ficará mais fácil agora, com a materialidade cristalina, a motivação e a
autoria bem resolvida”.
A mãe da
garota, Ana Paula Alves de Andrade, 41, acompanhou o resgate do corpo, junto
com seu marido, o gerente de restaurante Luciano Cavalcanti, 30. Bastante
abalada, a mulher se emocionou muito, mas disse que agora iria ter
tranquilidade, pois estava muito angustiada por não poder enterrar a filha.
Dharma
desapareceu no dia 25 de maio, depois de entrar em casa várias vezes com os
suspeitos. Ela havia largado os estudos, há um ano, devido ao uso de drogas.
Desde então, os sumiços se tornaram frequentes, mas, desta vez, ela não
voltou.
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