BLOG DO JAKSON FITIPALDI: Policiais civis de Pernambuco fazem quinta paralisação em dois meses

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Policiais civis de Pernambuco fazem quinta paralisação em dois meses

IML também parou e já há seis corpos aguardando por liberação.
Policiais prometem protesto para cobrar melhores condições de trabalho.

Delegacias pararam serviços e estão registrando apenas flagrantes
(Foto: Kety Marinho / TV Globo)
Os policiais civis de Pernambuco realizam uma nova paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (8), apesar de o Tribunal de Justiça do estado (TJPE) ter determinado a suspensão do ato na terça (7). Desta vez, os serviços do Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife também foram interrompidos. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), seis corpos já aguardam liberação no IML. As delegacias também estão paradas desde a meia-noite, registrando apenas os flagrantes.

Paralisações de advertência como esta têm sido realizadas com frequência – desde junho, foram quatro atos de 24 horas. Em todas manifestações, a categoria cobra melhores condições de trabalho e carreira do Governo do Estado. Para isso, realiza passeatas e faz atendimento apenas parcial nas delegacias. O Sinpol afirma que a decisão pela mobilização foi tomada porque o governo não cumpriu o prazo acordado para dar respostas às queixas dos policiais em relação à estrutura do IML e das delegacias.

Esta manifestação foi anunciada na última paralisação da categoria, na última quinta-feira (2). Na terça (7), no entanto, o TJPE determinou que os policiais suspendessem o ato. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE-PE) e determinou uma multa de R$ 30 mil para cada dia de desrespeito à determinação. Mesmo assim, o Sinpol manteve a manifestação. O presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, ainda informou que vai recorrer da decisão. Para ele, o movimento é legítimo porque os policiais são submetidos a péssimas condições de trabalho nas delegacias e nos outros órgãos.

Reivindicações
A categoria reivindica isonomia da gratificação do risco de vida policial, revisão do plano de cargos e carreiras, inclusão dos peritos papiloscopistas no quadro técnico policial e convocação de aprovados remanescentes no último concurso público para a Polícia Civil. Os policiais também se negam a participar do Programa de Jornada Extra da Segurança (PJES). Para o presidente do Sinpol, Áureo Cysneiros, o PJES é uma forma de hora extra que não é paga adequadamente e é realizada para suprir deficiência no efetivo.





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