A ex-senadora Marina Silva, candidata derrotada na campanha presidencial de
2014, usou, neste sábado (14), o seu perfil em uma rede social para publicar
artigo onde faz várias críticas à gestão da presidente Dilma Rousseff, mas se
coloca contra o impeachment. Marina afirma que a "mudança na equipe
econômica parece ser insuficiente para dar ao governo a credibilidade
necessária à condução da economia".
A ex-senadora entende que o agravamento de todos os sintomas da crise já é visível, mas defende ao longo de um extenso artigo denominado "Silêncio se faz para ouvir" que o respeito à democracia ensina a se dar um prazo inicial a todo governo eleito para que se diga a que veio.
A ex-senadora entende que o agravamento de todos os sintomas da crise já é visível, mas defende ao longo de um extenso artigo denominado "Silêncio se faz para ouvir" que o respeito à democracia ensina a se dar um prazo inicial a todo governo eleito para que se diga a que veio.
"Muita
gente vai para as ruas protestar. Há uma campanha pedindo o impeachment da
presidente que foi eleita há poucos meses. Compreendo a indignação e a revolta,
mas não acredito que essa seja a solução. Talvez o resultado não seja o
pretendido retorno à ordem, mas um aprofundamento do caos", escreveu a
ex-senadora mesmo reconhecendo que a "insatisfação da população vai da
desesperança ao desespero.
Marina lembra que quando o Congresso depôs Fernando Collor, assumiu o vice-presidente Itamar Franco, que formou um governo aglutinando várias forças políticas incluindo a parcela do PT que acompanhou Luíza Erundina. Em sua gestão, que tinha FHC como Ministro da Fazenda, diz a ex-senadora, começou o Plano Real e a hiperinflação foi finalmente debelada. Mas hoje, continua ela, quem domina as instituições são as parcelas do PMDB mais envolvidas com as práticas e métodos que estão na gênese da crise.
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