Os vereadores do Recife caíram na real e recuaram, na tentativa de fazer
uma média com o nome do ex-governador Eduardo Campos, na placa do hospital da
Mulher. Depois de muita repercussão nas redes sociais, os vereadores recuaram.
O projeto foi apresentado pelo vereador Gilberto Alves, que hoje foi
obrigado a usar de contorcionismo verbal para disfarçar o recuo.
“O governador Eduardo Campos foi o gestor público que mais fez pelas
políticas de igualdade de gênero no Brasil. As políticas públicas implantadas em
seu governo , como o Chapéu de Palha Mulher e o Programa Mãe Coruja, são
reconhecidas dentro e fora do Brasil e ele é merecedor de todas as homenagens
nessa área. Mas ouvimos as representantes dos movimentos e os demais
vereadores, e, em nome da unidade, estamos propondo num nome que contempla a
todos”, afirmou.
Os atuais projetos em tramitação na Câmara pretendiam nomear o Hospital
da Mulher de Deputada Cristina Tavares, de autoria da vereadora Aimée Carvalho
(PSB); Doutora Naíde Teodósio, de autoria do vereador Felipe Francismar (PSB);
Pompeia Carneiro Campos, proposto por Alfredo Santana ou Fovernador Eduardo
Campos, de autoria do vereador Gilberto Alves (PTN).
Oficialmente, os quatro vereadores que apresentaram Projetos de Lei na
Câmara Municipal do Recife relativos ao nome do Hospital da Mulher, entraram em
acordo sobre quem deve ser a pessoa homenageada no primeiro hospital de grande
porte construído pela Prefeitura do Recife.
Em consenso, surgiu o nome da médica ginecologista Maria das Mercês de
Souza, de quem nunca se ouviu falar, mas seria uma das pioneiras no
diagnóstico, prevenção e tratamento do Câncer ginecológico no Estado.
Os vereadores estiveram com as secretárias da Mulher do Recife,
Elizabete Godinho e do Governo do Estado, Silvia Cordeiro, além do secretário
de Governo e Participação Social, Sileno Guedes, e da ex-secretária da Mulher
de Pernambuco, Cristina Buarque.
Ficou acordado que os quatro autores retirariam os Projetos de Lei em
tramitação e apresentariam um novo, em conjunto, propondo a nova homenagem.
Ele tramitará normalmente e precisará ser aprovado pelo plenário para
que possa ser sancionado pelo chefe do Poder Executivo e se tonar Lei. Geraldo
Júlio, antes do recuo, chegou a defender o nome de Campos, que lhe presenteou
com o projeto do hospital no primeiro mês de gestão na PCR
“Esses encontros foram um grande passo de diálogo entre o executivo,
representantes do movimento e o legislativo municipal para que se entre em um
entendimento em conjunto e que o Poder Legislativo pudesse prestar uma
homenagem simbólica no nome do Hospital”, afirmou a secretária da Mulher do
Governo, Silvia Cordeiro.
“Foi um espaço democrático em que puderam sentar representantes dos
setores, executivo, legislativo representantes das mulheres para dialogar,
avançar em torno da homenagem”, afirmou a ex-secretária da Mulher do Governo do
Estado, Cristina Buarque.
Quem seria
Formada em Medicina em 1954, atuou na área de Saúde Pública e implantou,
em 1957, o Serviço de Prevenção do Câncer de Colo Uterino do Hospital das
Clínicas da UFPE. Exerceu a função de Livre Docente na UFPE, onde recebeu, em
1994, o título de Professora E
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