Após protagonizar uma
discussão com deputados na Câmara, na tarde desta quarta-feira (18), Cid Gomes (PROS) pediu demissão do Ministério da Educação
(MEC). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Casa
Civil.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha, comunicou ao plenário a decisão do ministro de deixar
o cargo. "Comunico à Casa o comunicado que recebi do chefe da Casa Civil
comunicando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes", anunciou em
meio a aplausos dos parlamentares.
Nesta tarde, Cid repetiu
para o plenário que há vários oportunistas entre os deputados federais. Ele foi
convocado pela comissão geral da Câmara para esclarecer a crítica feita no
último dia 27 a estudantes na Universidade Federal do Pará (UFPA).
Na ocasião, ele disse que
"há uns 300 ou 400 deputados que quanto pior, melhor para eles. Eles
querem que o governo esteja frágil de forma a eles achacarem mais, tomarem
mais". O áudio da declaração vazou na internet.
Durante seu discurso, o
agora ex-ministro afirmou que a declaração teria sido uma posição
"pessoal" compartilhada com um grupo restrito de estudantes de três
universidades do Pará na sala do reitor da UFPA. A fala teria sido uma resposta
ao questionamento sobre a falta de recursos para o ministério.
"Se alguém teve
acesso a uma gravação não autorizada que não reflete a minha opinião pública
que me perdoe. Eu não tenho mais idade", afirmou.
Aos deputados, ele disse
que nutria um "profundo respeito pelo Parlamento", mas que
muitos parlamentares tinham uma postura oportunista. "Partidos de oposição
têm o dever de fazer oposição. Partidos de situação têm o dever de ser situação
ou então larguem o osso, saiam do governo, vão para a oposição", disse.
"Prefiro ser acusado
de ser mal-educado, do que, como ele, ser acusado de achaque", afirmou
apontando para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).
Após as declarações, o
líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), pediu a demissão
de Cid Gomes do cargo. A jornalistas, Picciani afirmou que se a presidente não
aceitasse o pedido de demissão "passaria uma mensagem de que concorda com
essa atitude", afirmou.
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