Rosângela Loureiro, mulher de Cleber Santana, fez elogios ao clube |
A dor dos familiares
dos atletas da Chapecoense que perderam suas vidas é imensurável, mas a CBF e a
Chapecoense tentam ao menos minimizar os traumas desse momento. A entidade
máxima do futebol brasileiro está agilizando o processo para o pagamento dos
seguros a que eles têm direito e dará um valor equivalente a um ano de salários
de cada atleta.
Nos últimos dias, a
CBF enviou dois representantes do Itaú Seguros, responsável pelas coberturas, a
Chapecó para agilizar o processo e torná-lo menos burocrático. Os dois
funcionários já estão em contato com os parentes recolhendo as documentações
necessárias para a liberação do dinheiro.
Os funcionários do
departamento jurídico e financeiro do clube também estão prestando total apoio
e trabalhando em tempo integral para finalizar com rapidez os procedimentos.
"Estamos em
contato intenso com as famílias e procurando agilizar por conta da alta
sensibilidade do caso. Os profissionais da Itaú Seguros estão em Chapecó e não
teremos problemas com burocracia nisso", afirmou Reynaldo Buzzoni, diretor
de registros da CBF e responsável pela área.
Em uma condição
normal, os beneficiários teriam que entrar em contato com a entidade para fazer
o requerimento do seguro e reunir a documentação a ser aprovada.
Cada atleta
assegurado terá direito ao valor do salário do atleta que está registrado no
contrato da CBF, multiplicado em doze vezes, e mais uma quantia de R$ 5 mil por
auxílio funerário.
Há, no entanto, um
teto R$ 1,2 milhão no montante total. Assim, atletas que ganham acima de R$ 100
mil mensais receberão no máximo esse valor. É o caso de jogadores como Cléber
Santana.
As maiores
preocupações da Chapecoense e da CBF são com as famílias de atletas que tinham
rendimentos inferiores e que, por ventura, possam ter mais dificuldades
financeiras. A ideia é justamente dar tranquilidade a essas pessoas pelo
período de um ano para que tenham tempo de se reerguer.
"Nosso interesse
é atender exatamente esses clubes médios, onde os jogadores ganham menos de R$
100 mil, e garantir um auxílio necessário para aproximadamente um ano",
disse Buzzoni.
A apólice dá
cobertura às famílias dos atletas que morreram e também dos sobreviventes caso
se configure invalidez permanente total ou parcial. O pagamento de seguros é
uma obrigação dos clubes de acordo com o artigo 45 da Lei Pelé e vale apenas
para os contratos ativos na CBF. Mas em março deste ano a CBF criou um programa
para assumir os custos e desonerar as contas dos clubes.
O UOL Esporte conversou
com alguns familiares que agradeceram o apoio do clube. "Eles estão
fazendo tudo pela gente. O clube está ótimo", disse Rosângela Loureiro,
mulher do jogador Cleber Santana.
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