Na noite da última sexta-feira
(28), a escritora Luzilá Gonçalves Ferreira , que foi a homenageada do FIG
2015, visitou a sede do Instituto Histórico Cultural e Geográfico de Garanhuns
(IHGG). Participaram do encontro, o vice-presidente do IHGG, Audálio Filho, e
os membros José Paulo, Mariana Gueiros, Maxwell Bento, Anthonyo Junior, Ivonete
Batista, Jakson Fitipaldi e Dorvalina Maciel.
Na ocasião, foram
debatidos temas relevantes da história de Garanhuns, e futuras parcerias. A escritora aproveitou o
momento para fazer uma palestra sobre Inventários e testamentos. ¨ Diversas são
as informações presentes nessas documentações, sendo possível, a partir de sua
leitura, por exemplo, o estudo de crenças religiosas, dinâmicas sociais
familiares, evolução patrimonial de proprietários de terra, tipos de
vestimentas, hábitos alimentares, práticas de leitura ou mesmo da escravidão em
diversos aspectos. Da forma ao conteúdo, a despeito de marcarem o fim de uma
vida, são documentos riquíssimos em significados e possibilidades de análise,
razão pela qual é tão importante a sua preservação¨ Destacou Luzilá.
Natural de Garanhuns,
Luzilá é escritora, professora e doutora em Estudos Literários pela Universidade
Paris 7. Publicou, no gênero de estudo das mulheres, "Em busca de
Thargélia" (1992, 1996), "Suaves amazonas, mulheres e abolição no
Nordeste" (1999), e duas biografias: "Lou Andrea Salomé: cinzas no
jardim" (1982), e "Humana demasiado humana" (2000). Organizou e
traduziu ao lado de Didie Lamaison o título "Poésie e La machine du
monde" antologias de Carlos Drummond de Andrade (Gallimard, 1990, 2005) e
"Dans la nuit véloce", de Ferreira Gullar (Ed. Carvalho, Paris,
2005). Publicou também: "Pedaços, crônicas" (pela editora Bagaço,
2010) e seis romances: "Muito além do corpo" (Scipione, 1987, Néctar
2008), "A garça mal ferida" (Lê, 1993, 2009), "Voltar a
Palermo", (Rocco 2002), "No tempo frágil das horas" (Rocco,
2003), "Deixa ir meu povo" (Calibán, 2010).
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